segunda-feira, 4 de julho de 2011
Newton Faulkner, "Teardrop" (Massive Attack)
--
Love, love is a verb
Love is a doing word
Fearless on my breath
Gentle impulsion
Shakes me, makes me lighter
Fearless on my breath
Teardrop on the fire
Fearless on my breath
Nine night of matter
Black flowers blossom
Fearless on my breath
Black flowers blossom
Fearless on my breath
Teardrop on the fire
Fearless on my breath
Water is my eye
Most faithful mirror
Fearless on my breath
Teardrop on the fire of a confession
Fearless on my breath
Most faithful mirror
Fearless on my breath
Teardrop on the fire
Fearless on my breath
Stumbling a little (2x)
domingo, 3 de julho de 2011
sábado, 2 de julho de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Tolerância não é igualdade!
"Eu sou contra a tolerância, porque ela não basta. Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente ainda é pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro. Sobre a intolerância já fizemos muitas reflexões. A intolerância é péssima, mas a tolerância não é tão boa quanto parece. Deveríamos criar uma relação entre as pessoas da qual estivessem excluídas a tolerância e a intolerância. "
--
Comentário:
Parece-me e talvez esteja enganado, que a relação de igualdade que Saramago refere, nos poderá conduzir a uma relativização moral absoluta, em que os valores de várias pessoas e sociedades são colocados numa plataforma igualitária.
Parece-me uma noção descabida!
Em alternativa, talvez o ser humano atingisse um estado em que todas as pessoas defendessem os mesmos ideais.
E este é um ideal comunista de massificação do ser humano!
Se, penso eu, colocar todos os valores em pé de igualdade é ridículo; ter todos os seres humanos alinhados pela mesma bitola, talvez seja patético!
P.S.
A tolerância, como Saramago bem percebeu, resulta de considerarmos os nossos valores superiores, mas, mesmo assim, permitirmos a outras pessoas e sociedades, cultivarem valores e práticas com as quais não concordamos.
A tolerância assume a sua máxima expressão e a sua máxima beleza quando dispomos de poder para impor os nossos valores a terceiros e mesmo assim lhes deixamos a liberdade de escolha para errar!
E esta simples questão, a do direito de escolher diferente, foi um conceito com o qual os comunistas nunca se deram bem!
domingo, 26 de junho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Esta tecnologia vai fazer parte do nosso futuro! É muito interessante... e assustador até dizer chega!
:-O
--
In a future mind-controlling game, death row convicts are forced to battle in a 'doom'-type environment. Convict Kable, controlled by Simon, a skilled teenage gamer, must survive 30 sessions in order to be set free. Or won't he?
quarta-feira, 22 de junho de 2011
"O ser humano não é intrinsecamente bom nem mau. O que verifico é que a bondade é mais difícil de alcançar e de exercer. E bem e mal são conceitos demasiado amplos. É mais fácil ser mau, mau nas suas formas menores, mau em tudo aquilo que nos afasta do outro, do que ser bom."
- José de Sousa Saramagosegunda-feira, 20 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Ser pai é duro!
Um gajo sabe que está a ficar velho quando adormece primeiro que a sua filha de 8 anos.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Snow Patrol, "Crack The Shutters"
--
You cool your bedwarm hands down
On the broken radiator
When you lay them freezing on me
I mumble can you wake me later
But I don't really want you to stop
And you know it so it doesn't stop you
You run your hands from my neck
To my chest
Crack the shutters open wide
I want to bathe you in the light of day
And just watch you as the rays
Tangle up around your face and body
I could sit here for hours
Finding new ways to be awed each minute
'Cause the daylight seems to want you
Just as much as I want you
Its been minutes Its been days,
I remember all I will remember
Happy lost in your hair
And the cold side of the pillow
Your hills and valleys
Are mapped by my intrepid fingers
And in a naked slumber
I dream all this again
quinta-feira, 26 de maio de 2011
New Age Logic
"Contra todas as evidências, não existem coisas boas nem coisas más. Tudo depende do uso que fazemos delas. As boas podem revelar-se traiçoeiras e aquelas que à partida parecem más podem converter-se em oportunidades de crescimento."
- Laurinda Alves
Fixe! Contra todas as evidências... temos aquilo em que acreditamos!
Uma espécie de: não me venhas com os teus factos que eu tenho os meus argumentos...
:-O
- Laurinda Alves
Fixe! Contra todas as evidências... temos aquilo em que acreditamos!
Uma espécie de: não me venhas com os teus factos que eu tenho os meus argumentos...
:-O
quarta-feira, 18 de maio de 2011
domingo, 8 de maio de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Nouvelle Vague, "Master & Servant"
Também gostei muito de: "Ça plane pour moi" e da versão deles do "road to nowhere"
:-D
terça-feira, 19 de abril de 2011
Citações #23
"Não pode haver amizade sem confiança, nem confiança sem integridade."
- Samuel Johnson
"Não te alongues a contar as tuas façanhas, nem os perigos que terás passado; não podes querer que os outros tenham tanto prazer em escutar-te como tu em contá-los."
- Epicteto
"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer, encontra uma desculpa."
- Provérbio árabe
- Samuel Johnson
"Não te alongues a contar as tuas façanhas, nem os perigos que terás passado; não podes querer que os outros tenham tanto prazer em escutar-te como tu em contá-los."
- Epicteto
"Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer, encontra uma desculpa."
- Provérbio árabe
"A melhor definição de amor não vale um beijo de uma namorada."
- Joaquim Maria Machado de Assis
domingo, 10 de abril de 2011
Como se pode Proteger das Armadilhas das Redes Sociais
Como se pode Proteger das Armadilhas das Redes Sociais
Written by Advanced Plus on 09 April 2011
As redes sociais alteraram a relação entre utilizadores, a Internet e o resto do mundo. O Facebook ou o Twitter são muitas vezes usados para partilhar dados sobre a vida pessoal dos utilizadores ou para “desabafos” relacionados com o local de trabalho.
Mas a Internet é um local público e muitas vezes os comentários podem virar-se contra quem os faz. Se não criticaria o seu empregador publicamente ou não divulgaria o seu número de telefone a quem não conhece, por que razão o faz numa rede social.
“A regra fundamental é pôr o mínimo de dados pessoais ou quaisquer outros dados da vida privada, seja do próprio ou de outra pessoa, que podem vir a ser usados de forma incorrecta e com más intenções”, explica Vicky Fernandes, especialista em etiqueta, ao Diário Económico. Apesar da informação a partilhar ser sempre “do foro pessoal”, é importante ter em atenção que a publicação de informações detalhadas sobre a vida pessoal ou hábitos de fim de semana pode levar a “verdadeiros riscos de sérios crimes”.
Por isso mesmo, há limites relativamente à informação a partilhar, que deve ser seleccionada com cuidado. O Diário Económico apresenta dez exemplos do que não deve escrever nas redes sociais.
1. Comentários sobre o chefe ou o local de trabalho São vários os casos internacionais de funcionários despedidos por justa causa devido a comentários depreciativos sobre o chefe. “O trabalhador poderá incorrer numa violação do dever contratual de urbanidade e probidade que lhe é imposto”, garante o advogado Manuel Rocha Lopes.
E Vicky Fernandes lembra que “os recursos humanos das empresas acedem às páginas pessoais dos seus empregados e, por vezes, podem utilizar alguns comentários para fundamentar um processo disciplinar e até um despedimento”. Também se deve ter em atenção o tipo de informação confidencial que partilha. Por muito que queira contar o que está a fazer no novo projecto da sua empresa, essa informação pode ser benéfica para a concorrência.
2. Informação privada como número de telefone ou morada Partilhar o número de telefone e a morada nas redes sociais abre a porta a perigos como o roubo de identidade ou assaltos. Se disser que vai de férias e tiver, anteriormente, partilhado a sua morada, está a dizer ao mundo que a sua casa está vazia.
O simples facto de partilhar o número de telefone permite que os ‘hackers’ mais argutos consigam ter acesso à sua morada. “Os pais devem aconselhar os filhos menores a não colocarem os números de telefone e morada ou a marcar encontros com pessoas que conheçam através das redes sociais”, lembra Vicky Fernandes.
3. Conversas pessoais No Facebook existe a opção de mensagens privadas para partilhar informação do foro íntimo do utilizador. Se quiser comentar algum tema mais sensível com um amigo não precisa de o fazer no seu mural, da mesma forma como não o partilharia com um megafone no meio da rua.
4. Planos sociais Tal como as conversas privadas, os planos sociais podem ser combinados através de mensagens privadas. Se quiser combinar um jantar com um amigo não precisa de o fazer para toda a gente ler. Ser excluído de planos sociais deixa algumas pessoas com sentimento rejeição. Paralelamente, deve ter em atenção a “aceitação de pedidos de amizade de pessoas que não conhece ou conhece mal”, lembraVicky Fernandes.
5. Partilhar ‘sites’ Pode fazê-lo, mas fora do horário de expediente. Partilhar vídeos divertidos ou artigos insólitos mostram ao empregador que não está a ser tão produto como deveria.
Além disso, se tiver todas as redes sociais interligadas, o que partilha no Facebook aparece também no LinkedIn e os profissionais que tem nessa rede acedem. Por outro lado, não partilhe apenas a informação do seu ‘site’ ou blogue, assim como não deve usar as mensagens de Facebook para divulgar a sua empresa.
6. Fotografias da família Por muita vontade que tenha de mostrar a toda a gente as últimas tropelias dos seus filhos, deve pensar primeiro em quem tem como amigo na sua rede social. Só 40% dos utilizadores é que têm o acesso ao seu perfil restrito, por isso, se não está incluído nesta estatística, o melhor é não partilhar imagens dos seus filhos. Ou aproveite as opções de confidencialidade do Facebook e reserve o acesso desse álbum específico só à família e amigos mais próximos.
7. Informação financeira Contar os segredos do seu sucesso na bolsa de valores na rede ou o saldo da sua conta bancária parece senso comum mas, na altura da crise económica e financeira nos Estados Unidos, em 2009, era muito comum comentários sobre soluções financeiras ou casos particulares.
E, tal como não deve partilhar a sua morada, também não deve gritar ao mundo que comprou um carro topo de gama, por exemplo, e depois dizer que se vai ausentar de viagem para um destino longínquo.
8. A sua palavra-passe Ainda há quem incorra no erro de partilhar a sua ‘password’. Mesmo revelá-la a um amigo para que ele tome conta da sua quinta no Farmville durante as férias pode ter riscos.
Tratando-se de casais, é cada vez mais comum a invasão do perfil do parceiro por se conhecer a ‘password’. Proteja a sua privacidade. E tenha em atenção que a palavra-passe das redes sociais deve ser diferente da que usa no seu ‘e-mail’ pessoal e nos ‘sites’ onde está inscrito.
9. Protecção dos dados privados As redes sociais têm por vezes falhas na protecção dos dados dos utilizadores e outras vezes usam-nos sem a devida autorização. Quando se registar numa rede, tenha atenção à alínea que pergunta se os seus dados podem ser utilizados pela rede. As redes sociais não podem utilizar dados privados dos utilizadores sem o conhecimento e o consentimento prévio dos mesmos.
Algumas aplicações do Facebook pedem o acesso a dados pessoais o que, segundo um estudo da Universidade da Virgínia, não é necessário em 90% dos casos.
10. Nada que não queira ver partilhado Lembre-se sempre: a Internet é um espaço público e tudo o que comenta e partilha fica acessível a todos. “Cada internauta deve estar bem consciente da sua exposição e avaliar se ela é mesmo necessária e positiva”, conclui Vicky Fernandes.
11 Mandamentos para se progeter nas redes
1. Sempre que seja possível, torne o seu perfil privado.
2. Nunca divulgue dados pessoais como, morada, número de telefone, ‘e-mail’, local de emprego, escola, localidade, excepto se a conta for institucional.
3. Nunca divulgue informações pessoais como dias em que vai de férias, dias em que se ausenta de férias ou por outros motivos
4. Tenha cuidado com as fotografias que publica.
5. Evite publicar fotos ou vídeos dos seus filhos.
6. Visite com frequência as contas dos seus filhos para verificar os amigos e as fotos que eles publicam.
7. Não aceite convites de amizade por tudo e por nada.
8. Tenha cuidado com ‘links’ que recebe em mensagens nas redes sociais.
9. Tome atenção quando se associa a determinados grupos, pondere sempre as implicações que os conteúdos desses grupos possam ter.
10. Utilize as ferramentas de privacidade que as aplicações fornecem.
11. Evite fazer comentários sobre o seu empregador ou empresa em que trabalha, para evitar sanções de quaisquer tipos.
Roubado daqui: Como se pode Proteger das Armadilhas das Redes Sociais
sábado, 9 de abril de 2011
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Citações #22
É melhor ser pessimista do que optimista. O pessimista fica feliz quando acerta e quando erra.
- Millôr Fernandes
Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: toda a gente está convencida de que a tem de sobra
- René Descartes
Os homens estão empenhados mil vezes mais em adquirir riqueza do que formação espiritual; no entanto, seguramente, o que se «é» contribui muito mais para a nossa felicidade do que o que se «tem».
- Arthur Schopenhauer
Se quiséssemos ser apenas felizes, isso não seria difícil. Mas como queremos ficar mais felizes do que os outros, é difícil, porque achamos os outros mais felizes do que realmente são
- Baron de la Brede et de Montesquieu
As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo
- Epicuro
Não sintas pena de ti próprio. Apenas os burros o fazem.
- Haruki Murakami
Não interessa que um ser seja crente ou não; é muito mais importante que ele seja bom.
- Dalai Lama
Quem não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre
- Arthur Schopenhauer
Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria é só um dia mais.
- José Saramago
quarta-feira, 6 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
Thomas J. McFarlane, "Einstein e Buda, palavras comuns"

Calcula aquilo que o homem sabe e não haverá comparação com aquilo que ele não sabe.
- Chuang Tzu
O verdadeiro valor do ser humano é determinado antes de mais, pela medida e pelo sentido em que este logrou libertar-se do seu ego.
- Albert Einstein
Para o cientista, assim como para o místico, a beleza anda de mão dada com a verdade.
- Thomas J. McFarlane
Aqueles que não sentirem um choque ao depararem com a teoria quântica não poderão tê-la entendido.
- Niels Bohr
Dizes então que vais fazer do Certo o teu mestre e livrar-te do Errado, ou fazer da Ordem o teu mestre e livrar-te da Desordem? Se o fizeres, então não percebeste (...). É impossível, obviamente.
- Chuang Tzu
domingo, 3 de abril de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Batidos de beterraba, legumes & fruta
Aqui ficam duas sugestões para combinar beterraba em batidos.
Experimentei com água, mas quem preferir, pode usar leite.
Beterraba com:
. Maçã, cenoura.
. Manga, pêra.
. cenoura.
. cenoura,limão, gengibre e hortelã
. abacaxi e gengibre
sexta-feira, 18 de março de 2011
Piso de coentros
Ingredientes:
0,5 dl de azeite
1/2 molho de coentros
2 dentes de alho
sal ou flor de sal q.b.
Preparação:
1. Deitar o alho, os coentros picados grosseiramente e o azeite num liquidificador.
2. Reduza a mistura a puré com uma consistência a seu gosto.
Utilização:
Utilize este preparado para dar sabor a massas, migas ou para temperar carne grelhada. Combina muito bem com costeletas de borrego grelhadas.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Poliamor ou Da Dificuldade de Parir um Meme Substantivo
Por Daniel Cardoso
March 1, 2011
Secção: Ensaio
Poliamor.
Um substantivo.
Uma palavra com uma longa história, um meme que explodiu recentemente em Portugal, embora tenha vindo a crescer sucessivamente nos países de língua inglesa desde há quase duas décadas.
Se traçar a história deste movimento é algo relativamente simples, muito mais complicado, por comparação, é traçar a história desta palavra, que nasceu antes de nascer, que nasceu várias vezes, em vários contextos diferentes, muito embora boa parte dessas vezes tenha sido como adjectivo.
E isso prova bem – a este ponto retornarei mais tarde – a diferença fundamental entre adjectivos e substantivos, entre fazer e ser. De resto, o texto esteve para se chamar «Poliamor, ou Da Falta de Originalidade que o Amor Tem». Mas este título tem mais trocadilhos.
O objectivo deste texto é fazer uma breve história desta palavra. Isso vai-nos levar, por incrível que pareça, a 1953 e a uma série de ferramentas online sem as quais a feitura deste artigo seria praticamente impossível. Antes disso, há que oferecer uma definição do que é, afinal, esta palavra no seu contexto contemporâneo, no seu contexto como movimento social emergente.
Haritaworn et alia (2006: 518) definem poliamor como «a suposição [assumption] de que é possível, válido e valioso [worthwhile] manter relações íntimas, sexuais e/ou amorosas com mais do que uma pessoa».
Poli-Pré-História
A base deste trabalho parte de uma confirmação, compilação e aprofundamento do trabalho levado a cabo pelo blog Polyamory in the News, onde o seu autor – Alan – tem vindo a pesquisar sobre a origem da palavra, usando as mesmas ferramentas à disposição de qualquer utilizador da Internet: as da Google.
As primeiras ocorrências deste campo lexical fazem-se na forma de adjectivação, com um sentido semelhante a uma acepção geral do conceito (e que seria, apesar de tudo, actualmente considerada incorrecta pela comunidade): a atracção ou prática sexual com várias pessoas. Vamos então olhar brevemente para as primeiras ocorrências de palavras da família de «poliamor».
O primeiro registo bibliográfico que conhece, até à data, é de 1953, e surge na Illustrated History of English Literature, Volume 1, por Alfred Charles Ward – a Henrique VIII é dado o adjectivo de «determinado poliamorista», enquanto se comenta o surgimento do protestantismo na Inglaterra, algo que surge, de acordo com o autor, precisamente por causa desta característica do rei.
Claro que esta utilização tem uma conotação necessariamente irónica e negativa, mas demonstra já como esta junção de raízes latinas e gregas vem de longa data, embora actualmente a palavra na sua forma adjectivada tenda a ser «poliamoros@» (mais sobre qual seria a forma correcta de escrever aqui).
A referência seguinte cabe à palavra «poliamorosa», que surge numa obra de ficção, Hind’s Kidnap, de Joseph McElroy, em 1969, associada à ideia de que a instituição «Família» está «acabada».
Mais uma vez, uma conotação negativa, e já aqui a tensão se cria entre um arranjo familiar não-monogâmico e a possibilidade de que a ideia de família (tradicional, normativa) poderia ser posta em causa.
Agora de França, e saltando alguns anos para 1971, na publicação XVIIe Siècle, Joséphine Grieder diz que «ser politeísta é ser poli-amoroso» (esta afirmação é depois citada em La Rochefoucauld and the Seventeenth-Century Concept of Self, de Vivien Thweatt, publicado em 1980).
Um comentário interessante, que liga o paganismo e a espiritualidade de inspiração druídica ao conceito de se ser «poli-amoroso», na ligação com várias divindades e aspectos da divindade – ligação essa que, de resto, inclui ainda o hífen, nesta estranha relação entre duas etimologias diferentes, feitas colar ou colidir.
Aproximamo-nos mais ainda do tema nos seus moldes actuais em 1972, quando surge um livro de seu nome Marriage: For & Against, de Harold Hart , em que o autor diz «Parece-me bastante óbvio que as pessoas são muito comummente poliamorosas» (p. 201) mas também, noutra passagem, «Pode dar-se o caso, como dizem alguns, que as mulheres, por natureza, não são poliamorosas […] muitos poucos homens ou mulheres são verdadeiramente polígamos; poucos estariam inclinados a envolverem-se em duas ou mais…» – a pré-visualização fica-se por aí, mas esta questão está longe de ser arrumada, e faz ainda parte de muitas discussões online sobre o contemporâneo entendimento de poliamoroso: se existirá ou não uma qualquer pulsão biológica, genotípica, natural que predisponha os humanos para os relacionamentos não-monogâmicos.
Dentro dessa retórica, a monogamia é então construída como uma imposição social com uma qualquer racionalidade por detrás (controlo de poder económico, sexual, moral, entre outros, para exemplificar).
O contexto começa a mudar: a referência seguinte encontra-se nos resumos do 7.º encontro anual da Associação Americana de Antropologia (de 1975). Encontra-se na biografia apresentada de Carol Motts, onde se alude a um futuro da humanidade, no século XXIII, dominado pelo homo pacifis, cujas características incluem ser «individualístico, livre-pensador, poliamoroso, vegetariano».
Aqui dá-se um encontro de duas correntes, a académica e a da ficção científica – a ficção científica que é, pelas mãos de Robert Heinlein (e, entre outros, do seu livro Um Estranho Numa Terra Estranha) uma das principais inspirações do contemporâneo movimento poliamoroso, e uma das referências mais frequentemente encontradas.
O adjectivo surge outra vez em 1977, numa obra sobre as representações na ficção da I Guerra Mundial (The First World War in Fiction, de Holger Klein), em que Itália aparece como «poliamorosa-incestuosa». Mas dois anos depois, em 1979 , estabelece-se uma ligação entre o uso deste adjectivo e a comunidade LGBT; em The Gay Report: Lesbians and Gay Men Speak Out About Sexual Experiences and Lifestyles, foge-se à ideia de bissexualidade como sendo demasiado limitativa e, para a substituir, usa-se «poli-amoroso, querendo dizer muitos tipos de relações amorosas com muitos tipos de pessoas».
Aqui se nota uma das tensões primárias em torno da corrente ideia de poliamor: estamos por ventura perante uma identidade de orientação sexual?
Qual é a relação do poliamor com as práticas sexuais que podem (ou não) estar envolvidas? (Nota: não, efectivamente não podemos confundir poliamor com uma identidade de orientação sexual, porque estamos perante uma identidade de relação; por outro lado, em várias entrevistas jornalísticas em que participei, esta dúvida surgiu mais do que uma vez, portanto parece ainda ser actual referi-lo.)
Sobram ainda duas outras referências deste poli avant la lettre: novamente numa obra de ficção, The Disinherited, por Matt Cohen, em 1986, onde se fala de «perversão poliamorosa»; por fim, na New Scientist de 22 de Abril de 1989, um artigo que fala sobre o avô de Charles Darwin e o seu poema erótico em que plantas são tratadas como pessoas, que levam a cabo as suas «tramas poliamorosas».
Daquilo que se conhece, até ao momento, estas são as únicas referências que pré-datam a história da palavra como substantivo. Entra agora o ponto de viragem, e vemos este meme a nascer (mais uma vez, parece e, mesmo assim, em duplicado).
A Poli-História, Parte 1
Já se falou aqui de uma referência espiritualista, e essa é mesmo o ponto de origem da primeira referência ao «poliamor», que veio da Igreja de Todos os Mundos (e que é, na verdade, o nome da igreja que o personagem principal de Um Estranho Numa Terra Estranha cria, no livro) que a noção de poliamor nasceu em 1990.
Morning Glory Zell-Ravenheart publicou, na newsletter (que mais tarde passou a revista) Green Egg, um artigo chamado «A Bouquet of Lovers», em Maio desse ano. Nesse artigo, constava uma nova palavra: «poly-amorous», um adjectivo que se referia a pessoas que tivessem relações amorosas e sexuais com mais do que uma pessoa simultaneamente, ou que o quisessem fazer, e que reconhecessem o direito de outros o fazerem.
De acordo com Oberon Zell, tal como relatado por Alan no seu blog Poly in the Media, poucos meses depois, em Agosto do mesmo ano, a Igreja de Todos os Mundos foi convidada a um evento público em Berkeley, e organizou um Glossário de Terminologia Relacional para lá apresentar – aí sim, pela primeira vez, foi usada a palavra «polyamory», poliamor em português. No entanto, esta foi uma criação e utilização da palavra para um círculo relativamente restrito de receptores: essencialmente neo-pagãos como a própria Morning Glory e Oberon.
A palavra tinha já então sido criada mas não desfrutava de circulação suficiente para se tornar uma referência internacional com a projecção que possui hoje em dia – Ryam Nearing ainda publicará em 1992 um livro chamado The Polyfidelity Primer, onde poliamor não encontra qualquer expressão, muito embora a ideia que lá se fizesse passar fosse essencialmente essa.
Desde então, uma boa parte da comunidade pagã em torno de Oberon e da sua família tem estado profundamente ligada à difusão de meios alternativos de pensar a família, sempre dentro de uma lógica religiosa, pagã e espiritualista – o que, apesar disso, não é dizer pouco, tendo em conta a projecção nacional nos EUA. De resto, outra das figuras de proa dessa vertente do movimento poliamoroso é a própria Deborah Anapol.
Fundou, junto com Ryam Nearing, a Loving More Magazine em 1995; em Março de 1997, publicou o livro Polyamory: The New Love Without Limits, que é, até à data, um dos ex-libris do movimento poliamoroso na sua vertente espiritualista, tantra e pagã.
A Poli-História, Parte 2
A outra vertente do poliamor tem um pendor marcadamente menos religioso ou transcendentalista, podendo mesmo dizer-se que parece bastante mais cosmopolita, e talvez até menos preocupada em mostrar-se anti-capitalista e mais em resolver alguns dos problemas corriqueiros que surgem nas relações amorosas não-monogâmicas consensuais dos países de «Primeiro Mundo» da sociedade ocidental.
Apesar de não existirem ainda dados quantitativos que permitam fundamentar indubitavelmente esta questão, parece ser este o modelo que mais influenciou, por exemplo, a comunidade poliamorosa em Portugal ou, pelo menos, a mais expressiva.
Uma mulher, chamada Jennifer Wesp, estava a debater «a moralidade de ter relações não-monogâmicas, na [mailing list] alt.sex» com Mikhail Zelany, quando «[se cansou] de escrever não-monogamia [e] e não era boa prática retórica utilizar uma [palavra] negativa, hifenizada, para tentar fazer passar uma ideia positiva».
Assim, enquanto compunha um e-mail que ela própria considerava fazer parte de uma flame war, Wesp resolveu criar uma palavra que pudesse transmitir uma ideia positiva, que não estivesse linguisticamente vinculada a uma comparação directa com a monogamia.
Portanto, neste caso, como no anterior, a preocupação era criar uma palavra que viesse suprir uma falta sentida pelos intervenientes. Ao que parece, a palavra «não-monogamia» para Wesp, tal como a expressão «polifidelidade» para Morning Glory, ficavam em falta face ao conteúdo ideológico que se queria fazer passar. Havia algum elemento que precisava de ser reenquadrado, o que gerou uma irrupção de inovação linguística.
No caso de Jennifer Wesp, gerou-se um certo nível de interesse em torno dessa discussão, e dessa palavra, ou antes, dessa discussão surgiu a massa crítica suficiente para criar uma nova mailing list da Usenet – a 20 de Maio de 1992. A mensagem, e subsequente conversa, que propõe a criação do grupo está ainda disponível online.
Esta discussão é, em si, reveladora de boa parte do que já acima se tinha mencionado: onde colocar (dentro da hierarquia da Usenet) um grupo para falar sobre poliamor? E de onde surge, afinal, esta palavra, que não se encontra em nenhum dicionário? Isto tem mais que ver com romance ou com sexualidade?
A palavra existiria com ou sem um hífen a separar (sendo que a proposta inicial de Wesp inclui um hífen e o grupo final não)? Tudo isto perguntas levantadas por várias pessoas que estavam envolvidas na discussão.
No início, Wesp contava com cerca de 30 pessoas que, achava ela, iriam ter interesse em colocar lá mensagens e dinamizar a lista de discussão. Ela própria admite que a palavra foi inventada, que não é uma «palavra a sério» mas que «se pode sempre ter esperança».
Mal sabia ela…
A Força do Meme
Para uma palavra tão inventada e reinventada, para uma série de constantes ressurgimentos tão obscuros, para uma mailing list de 30 pessoas, numa altura em que a Internet era o privilégio de poucos e praticamente não existia na forma em que actualmente a conhecemos, «poliamor» é um meme que até teve sucesso.
E, de acordo com o Google N-Gram Viewer, as referências têm vindo a crescer imenso; quando esse crescimento se compara com a expressão «poligamia», por exemplo, vê-se que esta tem tido uma estabilização e até alguma perda de relevância, embora se ressalve que, ainda assim, «poligamia» é uma palavra várias vezes mais frequente.
O objectivo desta pequena viagem histórica não é, de forma alguma, pretender indicar que os vários surgimentos desta expressão, na sua versão adjectivo, comportavam já os indicadores determinantes de quais iam ser as principais problemáticas do movimento poliamoroso.
Ainda assim, estamos perante uma palavra que desperta ideias – contra e a favor – e que suscita determinadas filiações que têm vindo a repetir-se e a repercutir-se ao longo desta breve história (muito pouco amorosa, afinal de contas).
Um último pensamento: é nestes momentos que se entende a diferença fundamental entre um adjectivo e um substantivo. O poliamor, como identidade memética, só ganhou força quando surgiu, efectivamente, como um substantivo de pleno direito.
É ao ganhar o nome que o poliamor permite aos seus sujeitos adquirir uma identidade, adquiri-lo como identidade para si mesmos e a partir desse ponto estabelecer uma política de identidade, apresentar uma face, uma moralidade, estabelecer um padrão ou conjunto de padrões – e, a partir daí, abrir uma série de questionamentos normativos, ao mesmo tempo que a existência de uma identidade poliamorosa abre o espaço à criação de uma outra normatividade.
Alternativa mas, ainda assim, normativa. Esse é o poder do meme, mas também é a sua ameaça. A força memética que alimenta a propagação de uma ideia é a mesma força que faz pender sobre essa ideia a possibilidade de imutabilidade, de permanência.
Talvez daqui a outros vinte anos (e com mais contribuições de ferramentas automáticas de recolha e compilação de dados) seja possível fazer uma história da palavra «poliamor» e afins mais completa, e encontrar outras coincidências (ou falta delas).
Para já, um glossário de terminologia relacional de inspiração neo-pagã e uma mailing list com cerca de 30 pessoas deram lugar a 394 mil resultados numa busca Google por «polyamory», 261 mil por «polyamorous» e 18.900 resultados para «poliamor»…
BibliografiaAlan. (2007). «Polyamory in the News: “Polyamory” enters the Oxford English Dictionary». Polyamory in the News!. Obtido a Janeiro 26, 2009, de http://polyinthemedia.blogspot.com/2007/01/polyamory-enters-oxford-english.html
Cardoso, Daniel (2010). Amando vári@s: Individualização, redes, ética e poliamor. Tese de Mestrado em Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa.
Haritaworn, Jin; Lin, Chin-Ju & Klesse, Christian. (2006). «Poly/logue: A Critical Introduction to Polyamory». Sexualities, 9(5), 515-529.
--
Roubado daqui:
http://interact.com.pt/17/poliamor/
March 1, 2011
Secção: Ensaio
Poliamor.
Um substantivo.
Uma palavra com uma longa história, um meme que explodiu recentemente em Portugal, embora tenha vindo a crescer sucessivamente nos países de língua inglesa desde há quase duas décadas.
Se traçar a história deste movimento é algo relativamente simples, muito mais complicado, por comparação, é traçar a história desta palavra, que nasceu antes de nascer, que nasceu várias vezes, em vários contextos diferentes, muito embora boa parte dessas vezes tenha sido como adjectivo.
E isso prova bem – a este ponto retornarei mais tarde – a diferença fundamental entre adjectivos e substantivos, entre fazer e ser. De resto, o texto esteve para se chamar «Poliamor, ou Da Falta de Originalidade que o Amor Tem». Mas este título tem mais trocadilhos.
O objectivo deste texto é fazer uma breve história desta palavra. Isso vai-nos levar, por incrível que pareça, a 1953 e a uma série de ferramentas online sem as quais a feitura deste artigo seria praticamente impossível. Antes disso, há que oferecer uma definição do que é, afinal, esta palavra no seu contexto contemporâneo, no seu contexto como movimento social emergente.
Haritaworn et alia (2006: 518) definem poliamor como «a suposição [assumption] de que é possível, válido e valioso [worthwhile] manter relações íntimas, sexuais e/ou amorosas com mais do que uma pessoa».
Poli-Pré-História
A base deste trabalho parte de uma confirmação, compilação e aprofundamento do trabalho levado a cabo pelo blog Polyamory in the News, onde o seu autor – Alan – tem vindo a pesquisar sobre a origem da palavra, usando as mesmas ferramentas à disposição de qualquer utilizador da Internet: as da Google.
As primeiras ocorrências deste campo lexical fazem-se na forma de adjectivação, com um sentido semelhante a uma acepção geral do conceito (e que seria, apesar de tudo, actualmente considerada incorrecta pela comunidade): a atracção ou prática sexual com várias pessoas. Vamos então olhar brevemente para as primeiras ocorrências de palavras da família de «poliamor».
O primeiro registo bibliográfico que conhece, até à data, é de 1953, e surge na Illustrated History of English Literature, Volume 1, por Alfred Charles Ward – a Henrique VIII é dado o adjectivo de «determinado poliamorista», enquanto se comenta o surgimento do protestantismo na Inglaterra, algo que surge, de acordo com o autor, precisamente por causa desta característica do rei.
Claro que esta utilização tem uma conotação necessariamente irónica e negativa, mas demonstra já como esta junção de raízes latinas e gregas vem de longa data, embora actualmente a palavra na sua forma adjectivada tenda a ser «poliamoros@» (mais sobre qual seria a forma correcta de escrever aqui).
A referência seguinte cabe à palavra «poliamorosa», que surge numa obra de ficção, Hind’s Kidnap, de Joseph McElroy, em 1969, associada à ideia de que a instituição «Família» está «acabada».
Mais uma vez, uma conotação negativa, e já aqui a tensão se cria entre um arranjo familiar não-monogâmico e a possibilidade de que a ideia de família (tradicional, normativa) poderia ser posta em causa.
Agora de França, e saltando alguns anos para 1971, na publicação XVIIe Siècle, Joséphine Grieder diz que «ser politeísta é ser poli-amoroso» (esta afirmação é depois citada em La Rochefoucauld and the Seventeenth-Century Concept of Self, de Vivien Thweatt, publicado em 1980).
Um comentário interessante, que liga o paganismo e a espiritualidade de inspiração druídica ao conceito de se ser «poli-amoroso», na ligação com várias divindades e aspectos da divindade – ligação essa que, de resto, inclui ainda o hífen, nesta estranha relação entre duas etimologias diferentes, feitas colar ou colidir.
Aproximamo-nos mais ainda do tema nos seus moldes actuais em 1972, quando surge um livro de seu nome Marriage: For & Against, de Harold Hart , em que o autor diz «Parece-me bastante óbvio que as pessoas são muito comummente poliamorosas» (p. 201) mas também, noutra passagem, «Pode dar-se o caso, como dizem alguns, que as mulheres, por natureza, não são poliamorosas […] muitos poucos homens ou mulheres são verdadeiramente polígamos; poucos estariam inclinados a envolverem-se em duas ou mais…» – a pré-visualização fica-se por aí, mas esta questão está longe de ser arrumada, e faz ainda parte de muitas discussões online sobre o contemporâneo entendimento de poliamoroso: se existirá ou não uma qualquer pulsão biológica, genotípica, natural que predisponha os humanos para os relacionamentos não-monogâmicos.
Dentro dessa retórica, a monogamia é então construída como uma imposição social com uma qualquer racionalidade por detrás (controlo de poder económico, sexual, moral, entre outros, para exemplificar).
O contexto começa a mudar: a referência seguinte encontra-se nos resumos do 7.º encontro anual da Associação Americana de Antropologia (de 1975). Encontra-se na biografia apresentada de Carol Motts, onde se alude a um futuro da humanidade, no século XXIII, dominado pelo homo pacifis, cujas características incluem ser «individualístico, livre-pensador, poliamoroso, vegetariano».
Aqui dá-se um encontro de duas correntes, a académica e a da ficção científica – a ficção científica que é, pelas mãos de Robert Heinlein (e, entre outros, do seu livro Um Estranho Numa Terra Estranha) uma das principais inspirações do contemporâneo movimento poliamoroso, e uma das referências mais frequentemente encontradas.
O adjectivo surge outra vez em 1977, numa obra sobre as representações na ficção da I Guerra Mundial (The First World War in Fiction, de Holger Klein), em que Itália aparece como «poliamorosa-incestuosa». Mas dois anos depois, em 1979 , estabelece-se uma ligação entre o uso deste adjectivo e a comunidade LGBT; em The Gay Report: Lesbians and Gay Men Speak Out About Sexual Experiences and Lifestyles, foge-se à ideia de bissexualidade como sendo demasiado limitativa e, para a substituir, usa-se «poli-amoroso, querendo dizer muitos tipos de relações amorosas com muitos tipos de pessoas».
Aqui se nota uma das tensões primárias em torno da corrente ideia de poliamor: estamos por ventura perante uma identidade de orientação sexual?
Qual é a relação do poliamor com as práticas sexuais que podem (ou não) estar envolvidas? (Nota: não, efectivamente não podemos confundir poliamor com uma identidade de orientação sexual, porque estamos perante uma identidade de relação; por outro lado, em várias entrevistas jornalísticas em que participei, esta dúvida surgiu mais do que uma vez, portanto parece ainda ser actual referi-lo.)
Sobram ainda duas outras referências deste poli avant la lettre: novamente numa obra de ficção, The Disinherited, por Matt Cohen, em 1986, onde se fala de «perversão poliamorosa»; por fim, na New Scientist de 22 de Abril de 1989, um artigo que fala sobre o avô de Charles Darwin e o seu poema erótico em que plantas são tratadas como pessoas, que levam a cabo as suas «tramas poliamorosas».
Daquilo que se conhece, até ao momento, estas são as únicas referências que pré-datam a história da palavra como substantivo. Entra agora o ponto de viragem, e vemos este meme a nascer (mais uma vez, parece e, mesmo assim, em duplicado).
A Poli-História, Parte 1
Já se falou aqui de uma referência espiritualista, e essa é mesmo o ponto de origem da primeira referência ao «poliamor», que veio da Igreja de Todos os Mundos (e que é, na verdade, o nome da igreja que o personagem principal de Um Estranho Numa Terra Estranha cria, no livro) que a noção de poliamor nasceu em 1990.
Morning Glory Zell-Ravenheart publicou, na newsletter (que mais tarde passou a revista) Green Egg, um artigo chamado «A Bouquet of Lovers», em Maio desse ano. Nesse artigo, constava uma nova palavra: «poly-amorous», um adjectivo que se referia a pessoas que tivessem relações amorosas e sexuais com mais do que uma pessoa simultaneamente, ou que o quisessem fazer, e que reconhecessem o direito de outros o fazerem.
De acordo com Oberon Zell, tal como relatado por Alan no seu blog Poly in the Media, poucos meses depois, em Agosto do mesmo ano, a Igreja de Todos os Mundos foi convidada a um evento público em Berkeley, e organizou um Glossário de Terminologia Relacional para lá apresentar – aí sim, pela primeira vez, foi usada a palavra «polyamory», poliamor em português. No entanto, esta foi uma criação e utilização da palavra para um círculo relativamente restrito de receptores: essencialmente neo-pagãos como a própria Morning Glory e Oberon.
A palavra tinha já então sido criada mas não desfrutava de circulação suficiente para se tornar uma referência internacional com a projecção que possui hoje em dia – Ryam Nearing ainda publicará em 1992 um livro chamado The Polyfidelity Primer, onde poliamor não encontra qualquer expressão, muito embora a ideia que lá se fizesse passar fosse essencialmente essa.
Desde então, uma boa parte da comunidade pagã em torno de Oberon e da sua família tem estado profundamente ligada à difusão de meios alternativos de pensar a família, sempre dentro de uma lógica religiosa, pagã e espiritualista – o que, apesar disso, não é dizer pouco, tendo em conta a projecção nacional nos EUA. De resto, outra das figuras de proa dessa vertente do movimento poliamoroso é a própria Deborah Anapol.
Fundou, junto com Ryam Nearing, a Loving More Magazine em 1995; em Março de 1997, publicou o livro Polyamory: The New Love Without Limits, que é, até à data, um dos ex-libris do movimento poliamoroso na sua vertente espiritualista, tantra e pagã.
A Poli-História, Parte 2
A outra vertente do poliamor tem um pendor marcadamente menos religioso ou transcendentalista, podendo mesmo dizer-se que parece bastante mais cosmopolita, e talvez até menos preocupada em mostrar-se anti-capitalista e mais em resolver alguns dos problemas corriqueiros que surgem nas relações amorosas não-monogâmicas consensuais dos países de «Primeiro Mundo» da sociedade ocidental.
Apesar de não existirem ainda dados quantitativos que permitam fundamentar indubitavelmente esta questão, parece ser este o modelo que mais influenciou, por exemplo, a comunidade poliamorosa em Portugal ou, pelo menos, a mais expressiva.
Uma mulher, chamada Jennifer Wesp, estava a debater «a moralidade de ter relações não-monogâmicas, na [mailing list] alt.sex» com Mikhail Zelany, quando «[se cansou] de escrever não-monogamia [e] e não era boa prática retórica utilizar uma [palavra] negativa, hifenizada, para tentar fazer passar uma ideia positiva».
Assim, enquanto compunha um e-mail que ela própria considerava fazer parte de uma flame war, Wesp resolveu criar uma palavra que pudesse transmitir uma ideia positiva, que não estivesse linguisticamente vinculada a uma comparação directa com a monogamia.
Portanto, neste caso, como no anterior, a preocupação era criar uma palavra que viesse suprir uma falta sentida pelos intervenientes. Ao que parece, a palavra «não-monogamia» para Wesp, tal como a expressão «polifidelidade» para Morning Glory, ficavam em falta face ao conteúdo ideológico que se queria fazer passar. Havia algum elemento que precisava de ser reenquadrado, o que gerou uma irrupção de inovação linguística.
No caso de Jennifer Wesp, gerou-se um certo nível de interesse em torno dessa discussão, e dessa palavra, ou antes, dessa discussão surgiu a massa crítica suficiente para criar uma nova mailing list da Usenet – a 20 de Maio de 1992. A mensagem, e subsequente conversa, que propõe a criação do grupo está ainda disponível online.
Esta discussão é, em si, reveladora de boa parte do que já acima se tinha mencionado: onde colocar (dentro da hierarquia da Usenet) um grupo para falar sobre poliamor? E de onde surge, afinal, esta palavra, que não se encontra em nenhum dicionário? Isto tem mais que ver com romance ou com sexualidade?
A palavra existiria com ou sem um hífen a separar (sendo que a proposta inicial de Wesp inclui um hífen e o grupo final não)? Tudo isto perguntas levantadas por várias pessoas que estavam envolvidas na discussão.
No início, Wesp contava com cerca de 30 pessoas que, achava ela, iriam ter interesse em colocar lá mensagens e dinamizar a lista de discussão. Ela própria admite que a palavra foi inventada, que não é uma «palavra a sério» mas que «se pode sempre ter esperança».
Mal sabia ela…
A Força do Meme
Para uma palavra tão inventada e reinventada, para uma série de constantes ressurgimentos tão obscuros, para uma mailing list de 30 pessoas, numa altura em que a Internet era o privilégio de poucos e praticamente não existia na forma em que actualmente a conhecemos, «poliamor» é um meme que até teve sucesso.
E, de acordo com o Google N-Gram Viewer, as referências têm vindo a crescer imenso; quando esse crescimento se compara com a expressão «poligamia», por exemplo, vê-se que esta tem tido uma estabilização e até alguma perda de relevância, embora se ressalve que, ainda assim, «poligamia» é uma palavra várias vezes mais frequente.
O objectivo desta pequena viagem histórica não é, de forma alguma, pretender indicar que os vários surgimentos desta expressão, na sua versão adjectivo, comportavam já os indicadores determinantes de quais iam ser as principais problemáticas do movimento poliamoroso.
Ainda assim, estamos perante uma palavra que desperta ideias – contra e a favor – e que suscita determinadas filiações que têm vindo a repetir-se e a repercutir-se ao longo desta breve história (muito pouco amorosa, afinal de contas).
Um último pensamento: é nestes momentos que se entende a diferença fundamental entre um adjectivo e um substantivo. O poliamor, como identidade memética, só ganhou força quando surgiu, efectivamente, como um substantivo de pleno direito.
É ao ganhar o nome que o poliamor permite aos seus sujeitos adquirir uma identidade, adquiri-lo como identidade para si mesmos e a partir desse ponto estabelecer uma política de identidade, apresentar uma face, uma moralidade, estabelecer um padrão ou conjunto de padrões – e, a partir daí, abrir uma série de questionamentos normativos, ao mesmo tempo que a existência de uma identidade poliamorosa abre o espaço à criação de uma outra normatividade.
Alternativa mas, ainda assim, normativa. Esse é o poder do meme, mas também é a sua ameaça. A força memética que alimenta a propagação de uma ideia é a mesma força que faz pender sobre essa ideia a possibilidade de imutabilidade, de permanência.
Talvez daqui a outros vinte anos (e com mais contribuições de ferramentas automáticas de recolha e compilação de dados) seja possível fazer uma história da palavra «poliamor» e afins mais completa, e encontrar outras coincidências (ou falta delas).
Para já, um glossário de terminologia relacional de inspiração neo-pagã e uma mailing list com cerca de 30 pessoas deram lugar a 394 mil resultados numa busca Google por «polyamory», 261 mil por «polyamorous» e 18.900 resultados para «poliamor»…
BibliografiaAlan. (2007). «Polyamory in the News: “Polyamory” enters the Oxford English Dictionary». Polyamory in the News!. Obtido a Janeiro 26, 2009, de http://polyinthemedia.blogspot.com/2007/01/polyamory-enters-oxford-english.html
Cardoso, Daniel (2010). Amando vári@s: Individualização, redes, ética e poliamor. Tese de Mestrado em Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa.
Haritaworn, Jin; Lin, Chin-Ju & Klesse, Christian. (2006). «Poly/logue: A Critical Introduction to Polyamory». Sexualities, 9(5), 515-529.
--
Roubado daqui:
http://interact.com.pt/17/poliamor/
terça-feira, 15 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Os valores da merda!
“Lá em casa não deixo a minha filha limpar a sanita depois de a usar. È uma questão de valores que tento transmitir...”
Foi mais ou menos isto que a minha conhecida disse quando eu mandei a filha dela puxar o autoclismo e usar o piaçaba depois de se ter servido do WC.
A miúda pediu desculpa e imediatamente se dirigiu para o local para resolver a coisa. Nisto, a mãe foi logo atrás e fez aquilo que (penso eu) deveria ser feito pela filha.
A resposta da mãe deixou-me um pouco para o alterado.
Foi mais ou menos isto que a minha conhecida disse quando eu mandei a filha dela puxar o autoclismo e usar o piaçaba depois de se ter servido do WC.
A miúda pediu desculpa e imediatamente se dirigiu para o local para resolver a coisa. Nisto, a mãe foi logo atrás e fez aquilo que (penso eu) deveria ser feito pela filha.
A resposta da mãe deixou-me um pouco para o alterado.
Ainda lhe disse que a Higiene não era uma questão de Valores.
Mas o que me apeteceu foi chamar-lhe uns quantos nomes.
Mas o que me apeteceu foi chamar-lhe uns quantos nomes.
Danado, não quis perguntar mais nada, porque conhecendo-me, provavelmente iria dizer algumas coisas bem agrestes.
Mas havia duas perguntas que deveria ter feito:
1. Que valores são esses que se transmitem ao não deixar que uma criança de 9 anos limpe a sanita depois de a ter usado.
2. Se ela vai à escola da miúda limpar. Ou se paga a alguém para o fazer!
Já andei a dar a volta à mioleira, mas não consigo perceber que valores se ensinam assim!
Deve ser defeito meu...
quinta-feira, 10 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
Chutney de Manga & com frutos secos
Chutney de Manga
Ingredientes:
4 kg de manga madura mas rija
1,5 dl de água
180 grs de açúcar
3 paus de canela
1 colher de chá cheia de boa mostarda
3 colheres de sopa de sumo de limão
2,5 dl de vinagre de vinho branco
60 grs de uvas passas brancas
1 colher de sopa de gengibre fresco ralado
3 malaguetas
2 colheres de chá de sal
Preparação:
Descasque as mangas e corte-as em bocados de 1,5 cm.
Numa panela misture o açúcar, vinagre, água, sumo de limão, sal e os paus de canela.
Leve a panela a lume moderado até que o açúcar se dissolva.
Ponha o lume no máximo e deixe ferver cerca de 2 minutos.
Adicione os cubos de manga, as passas, gengibre e a malagueta.
Deixe ferver cerca de 4 minutos + ou - até que a fruta esteja macia, junte a mostarda mexa e retire do lume.
Divida o chutney em frascos esterilizados e feche.
Coloque os frascos numa panela ponha água suficiente que ultrapasse o vidro leve ao lume.
Deixe levantar fervura tape a panela e deixe ferver por 10 minutos.
Deixe arrefecer e guarde em local fresco.
Sirva como acompanhamento de carnes assadas, grelhadas, fondue de carne etc..
--//--
Chutney de Manga com frutos secos
Ingredientes:
1 manga grande ou 2 pequenas
2 peras
1 maçã reineta
6 ameixas secas
1 colher de sopa de sultanas (facultativo)
1 colher de sopa de pinhões (facultativo)
2 ou 3 dentes de alho
gengibre fresco +/- 2 cm
1 colher de café de pimenta moída no momento
1 colher de chá de pimenta em grão
1 cravo de cabecinha
1 colher de café de canela em pó
1 colher de chá de coentros em grão (sementes)
sal q.b.
raspa da casca de um limão
1,5 dl de Vinagre
2 colheres de sopa de mel
Preparação:
Descasque, retire os caroços e corte os frutos em pedaços pequenos. Retire os caroços das ameixas secas.
Num Pirex largo e fundo ponha todos os ingrediente, misture-os e leve ao micro-ondas por 10 a 15 minutos, tendo o cuidado de mexer de vez em quando.
Coloque em frascos, previamente escaldados e feche. Aguenta-se por vários meses se necessário.
Ingredientes:
4 kg de manga madura mas rija
1,5 dl de água
180 grs de açúcar
3 paus de canela
1 colher de chá cheia de boa mostarda
3 colheres de sopa de sumo de limão
2,5 dl de vinagre de vinho branco
60 grs de uvas passas brancas
1 colher de sopa de gengibre fresco ralado
3 malaguetas
2 colheres de chá de sal
Preparação:
Descasque as mangas e corte-as em bocados de 1,5 cm.
Numa panela misture o açúcar, vinagre, água, sumo de limão, sal e os paus de canela.
Leve a panela a lume moderado até que o açúcar se dissolva.
Ponha o lume no máximo e deixe ferver cerca de 2 minutos.
Adicione os cubos de manga, as passas, gengibre e a malagueta.
Deixe ferver cerca de 4 minutos + ou - até que a fruta esteja macia, junte a mostarda mexa e retire do lume.
Divida o chutney em frascos esterilizados e feche.
Coloque os frascos numa panela ponha água suficiente que ultrapasse o vidro leve ao lume.
Deixe levantar fervura tape a panela e deixe ferver por 10 minutos.
Deixe arrefecer e guarde em local fresco.
Sirva como acompanhamento de carnes assadas, grelhadas, fondue de carne etc..
--//--
Chutney de Manga com frutos secos
Ingredientes:
1 manga grande ou 2 pequenas
2 peras
1 maçã reineta
6 ameixas secas
1 colher de sopa de sultanas (facultativo)
1 colher de sopa de pinhões (facultativo)
2 ou 3 dentes de alho
gengibre fresco +/- 2 cm
1 colher de café de pimenta moída no momento
1 colher de chá de pimenta em grão
1 cravo de cabecinha
1 colher de café de canela em pó
1 colher de chá de coentros em grão (sementes)
sal q.b.
raspa da casca de um limão
1,5 dl de Vinagre
2 colheres de sopa de mel
Preparação:
Descasque, retire os caroços e corte os frutos em pedaços pequenos. Retire os caroços das ameixas secas.
Num Pirex largo e fundo ponha todos os ingrediente, misture-os e leve ao micro-ondas por 10 a 15 minutos, tendo o cuidado de mexer de vez em quando.
Coloque em frascos, previamente escaldados e feche. Aguenta-se por vários meses se necessário.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Citações #21
"O mal é a ausência do homem no homem"
- Eugénio de Andrade
--
"Uma vida feliz deve ser em grande parte uma vida tranquila, pois só numa atmosfera calma pode existir o verdadeiro prazer."
- Bertrand Russell
--
"Se quiséssemos ser apenas felizes, isso não seria difícil. Mas como queremos ficar mais felizes do que os outros, é difícil, porque achamos os outros mais felizes do que realmente são."
- Montesquieu
--
"O amor é mestre, mas é preciso saber adquiri-lo, porque se adquire dificilmente, ao preço de um esforço prolongado; é preciso amar, de facto, não por um instante, mas até ao fim."
- Fiodor Dostoievski
--
Todos os dias os encontro. Evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem, convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear.
- Alexandre O´Neill
- Eugénio de Andrade
--
"Uma vida feliz deve ser em grande parte uma vida tranquila, pois só numa atmosfera calma pode existir o verdadeiro prazer."
- Bertrand Russell
--
"Se quiséssemos ser apenas felizes, isso não seria difícil. Mas como queremos ficar mais felizes do que os outros, é difícil, porque achamos os outros mais felizes do que realmente são."
- Montesquieu
--
"O amor é mestre, mas é preciso saber adquiri-lo, porque se adquire dificilmente, ao preço de um esforço prolongado; é preciso amar, de facto, não por um instante, mas até ao fim."
- Fiodor Dostoievski
--
Todos os dias os encontro. Evito-os. Às vezes sou obrigado a escutá-los, a dialogar com eles. Já não me confrangem. Contam-me vitórias. Querem vencer, querem, convencidos, convencer. Vençam lá, à vontade. Sobretudo, vençam sem me chatear.
- Alexandre O´Neill
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Teimosia & educação
Roubado daqui:
Andanças Medievais: Teimosia
A teimosia é vista como um grande defeito, algo a corrigir, principalmente, quando a pessoa "teimosa" ignora conselhos que lhe sejam dados e persiste na sua intenção.
Eu já aqui chamei a atenção para a frase do Prof. Eduardo Sá, autor do livro Sindicato da Bondade: "Ninguém educa com bons conselhos, mas com bons exemplos". Crianças e jovens, principalmente, não têm paciência para ouvir "bons conselhos", preferem ficar à espreita da primeira oportunidade de os contrariar.
Se alguém (seja criança, ou adulto) insiste em fazer algo, claro que se lhe pode dar a nossa opinião, mas seria bom que prescindíssemos de censurar, ou julgar, essa pessoa, por ela levar a sua avante. A melhor maneira de aprendermos algo é cometendo erros.
Os animais não entendem a nossa linguagem, o que nos treina a aceitar a teimosia, ao mesmo tempo que nos mostra como as experiências (principalmente, as más) ensinam melhor do que qualquer conselho. Tivemos um cãozinho (o nosso saudoso Eddie) que, em cachorrinho, insistia em transportar pauzitos na boca ao comprido, assim como se de um charuto se tratasse. Tínhamos medo que ele se magoasse e fazíamos trinta por uma linha para lhe dar a entender que era muito melhor transportar aquele objecto atravessado.
Em vão, claro. Por outro lado, não queríamos impedir que ele brincasse com pauzitos e íamos aturando aquele comportamento. Até ao dia em que um pauzinho bateu no chão e a outra extremidade lhe foi de encontro ao céu da boca. O Eddie ganiu com dores. Mas, a partir daí, transportou sempre os pauzitos como devia ser!
Os pais gostariam de poupar os filhos a experiências más e/ou dolorosas, mas, na verdade, assim se aprendem as lições para a vida. Como nos diz o psicólogo alemão Karl König, a aprendizagem resultante da sequência tentativa/erro é essencial para a criança. O papel dos pais será mais o de acompanhantes, mostrando compreensão para os problemas e as angústias dos filhos, independentemente da idade destes.
Claro que também são orientadores, mas, na medida do possível, sem julgamentos ou censuras. Não é vergonha nenhuma admitir que se errou, pelo contrário. Por isso, será bom evitar frases do género: "Estás a ver? Eu bem te disse. Bem feito!" Isto gera vergonha, por se ter errado. E, ainda, raiva, revolta e falta de confiança nas próprias capacidades.
Em vez de teimosa, eu prefiro dizer que sou persistente, que tenho objectivos a atingir e que não deixo que ninguém me impeça de fazer aquilo que acho certo (não vale prejudicar terceiros, claro). Se, mais tarde, constato que estava errada, resta-me a grandeza de o admitir. Sem vergonha!
Andanças Medievais: Teimosia
A teimosia é vista como um grande defeito, algo a corrigir, principalmente, quando a pessoa "teimosa" ignora conselhos que lhe sejam dados e persiste na sua intenção.
Eu já aqui chamei a atenção para a frase do Prof. Eduardo Sá, autor do livro Sindicato da Bondade: "Ninguém educa com bons conselhos, mas com bons exemplos". Crianças e jovens, principalmente, não têm paciência para ouvir "bons conselhos", preferem ficar à espreita da primeira oportunidade de os contrariar.
Se alguém (seja criança, ou adulto) insiste em fazer algo, claro que se lhe pode dar a nossa opinião, mas seria bom que prescindíssemos de censurar, ou julgar, essa pessoa, por ela levar a sua avante. A melhor maneira de aprendermos algo é cometendo erros.
Os animais não entendem a nossa linguagem, o que nos treina a aceitar a teimosia, ao mesmo tempo que nos mostra como as experiências (principalmente, as más) ensinam melhor do que qualquer conselho. Tivemos um cãozinho (o nosso saudoso Eddie) que, em cachorrinho, insistia em transportar pauzitos na boca ao comprido, assim como se de um charuto se tratasse. Tínhamos medo que ele se magoasse e fazíamos trinta por uma linha para lhe dar a entender que era muito melhor transportar aquele objecto atravessado.
Em vão, claro. Por outro lado, não queríamos impedir que ele brincasse com pauzitos e íamos aturando aquele comportamento. Até ao dia em que um pauzinho bateu no chão e a outra extremidade lhe foi de encontro ao céu da boca. O Eddie ganiu com dores. Mas, a partir daí, transportou sempre os pauzitos como devia ser!
Os pais gostariam de poupar os filhos a experiências más e/ou dolorosas, mas, na verdade, assim se aprendem as lições para a vida. Como nos diz o psicólogo alemão Karl König, a aprendizagem resultante da sequência tentativa/erro é essencial para a criança. O papel dos pais será mais o de acompanhantes, mostrando compreensão para os problemas e as angústias dos filhos, independentemente da idade destes.
Claro que também são orientadores, mas, na medida do possível, sem julgamentos ou censuras. Não é vergonha nenhuma admitir que se errou, pelo contrário. Por isso, será bom evitar frases do género: "Estás a ver? Eu bem te disse. Bem feito!" Isto gera vergonha, por se ter errado. E, ainda, raiva, revolta e falta de confiança nas próprias capacidades.
Em vez de teimosa, eu prefiro dizer que sou persistente, que tenho objectivos a atingir e que não deixo que ninguém me impeça de fazer aquilo que acho certo (não vale prejudicar terceiros, claro). Se, mais tarde, constato que estava errada, resta-me a grandeza de o admitir. Sem vergonha!
Citações #20
"Questionar a nossa própria possibilidade de falar "a Verdade" é algo que me parece fundamental."
- Daniel Cardoso
--
"Nascer entre brutos, viver entre brutos e morrer entre brutos é triste."
- Rodrigo da Fonseca, 1858
--
"Os poderosos fazem o que querem, os fracos sofrem como devem."
- Tucídides
- Daniel Cardoso
--
"Nascer entre brutos, viver entre brutos e morrer entre brutos é triste."
- Rodrigo da Fonseca, 1858
--
"Os poderosos fazem o que querem, os fracos sofrem como devem."
- Tucídides
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Andanças Medievais: Relativizar
Devíamos estudar todos os dias astrofísica, para nunca nos esquecermos da insignificância dos nossos problemas.
A propósito deste post publicado pela Namorada de Wittgenstein, lembrei-me de uma entrevista a um astronauta alemão, que vi na TV.
Já foi há algum tempo, não me lembro das palavras exactas dele, mas, perguntado sobre a sensação que era ver a Terra ao longe, ele contou algo do género: "ao ver o nosso planeta do Espaço, claro que nos damos conta de como somos pequeninos, irrisórios e, acima de tudo, de como os nossos problemas são mesquinhos. Porquê irritar-se com o vizinho? Com a política? Se o dinheiro chega, ou não, para comprar o carro que desejamos? Alguns dias depois de regressar à Terra, a minha filha de quatro anos veio ter comigo a chorar, porque não sabia onde estava o seu ursinho de peluche favorito. Deveria dizer-lhe que essa sua preocupação era ridícula, quando comparada com o Cosmos? Claro que não. Dei comigo a perder o meu precioso tempo à procura do ursinho de peluche".
Tudo isto me levou a escrever sobre o tão apregoado "relativizar". Acontece que não sou grande apologista desta prática. Quer isso dizer que acho que nos devemos irritar por "dá cá aquela palha"? Também não. A verdade é que só se irrita com "bagatelas" quem se sente infeliz, para quem a vida nada mais é do que um grande vazio. E não é ridicularizando essas pessoas que as ajudamos, porque isso só contribui para diminuir a sua auto-estima.
O relativizar pressupõe o desvalorizar e/ou o ignorar de algo que nos preocupa ou atormenta. O que leva ao seu recalcamento. Por mais trivial que seja a razão, é importante criar empatia e compreensão pelos problemas (dos outros e dos próprios). Mesmo que nos pareçam irrisórios. Ao relativizar algo, temos a sensação que estamos a aliviar uma pessoa (ou nós próprios) do problema, mas fazemos o contrário: mostramos incompreensão, transmitimos a mensagem: tu és ridículo/a, só te preocupas com bagatelas. Isto envergonha-nos, o que diminui a auto-estima. E a auto-estima é a base onde assenta a nossa felicidade.
O relativizar pode mesmo tornar-se numa prática perigosa, ao contribuir para o ignorar de problemas sérios, como expressou Fernanda Matias, num comentário a um post sobre essa grande e grave doença que é a depressão, publicado por Laurinda Alves no seu blogue: Quem está à volta tantas vezes relativiza : é do inverno, é do trabalho... Importante mesmo é estar atento e não subvalorizar os sinais ou consequências.
Por isso, pense duas vezes, antes de começar a relativizar. Seja consigo mesmo, ou com os outros, principalmente, com crianças.
--
Roubado daqui:
http://andancasmedievais.blogspot.com/2011/01/relativizar.html
A propósito deste post publicado pela Namorada de Wittgenstein, lembrei-me de uma entrevista a um astronauta alemão, que vi na TV.
Já foi há algum tempo, não me lembro das palavras exactas dele, mas, perguntado sobre a sensação que era ver a Terra ao longe, ele contou algo do género: "ao ver o nosso planeta do Espaço, claro que nos damos conta de como somos pequeninos, irrisórios e, acima de tudo, de como os nossos problemas são mesquinhos. Porquê irritar-se com o vizinho? Com a política? Se o dinheiro chega, ou não, para comprar o carro que desejamos? Alguns dias depois de regressar à Terra, a minha filha de quatro anos veio ter comigo a chorar, porque não sabia onde estava o seu ursinho de peluche favorito. Deveria dizer-lhe que essa sua preocupação era ridícula, quando comparada com o Cosmos? Claro que não. Dei comigo a perder o meu precioso tempo à procura do ursinho de peluche".
Tudo isto me levou a escrever sobre o tão apregoado "relativizar". Acontece que não sou grande apologista desta prática. Quer isso dizer que acho que nos devemos irritar por "dá cá aquela palha"? Também não. A verdade é que só se irrita com "bagatelas" quem se sente infeliz, para quem a vida nada mais é do que um grande vazio. E não é ridicularizando essas pessoas que as ajudamos, porque isso só contribui para diminuir a sua auto-estima.
O relativizar pressupõe o desvalorizar e/ou o ignorar de algo que nos preocupa ou atormenta. O que leva ao seu recalcamento. Por mais trivial que seja a razão, é importante criar empatia e compreensão pelos problemas (dos outros e dos próprios). Mesmo que nos pareçam irrisórios. Ao relativizar algo, temos a sensação que estamos a aliviar uma pessoa (ou nós próprios) do problema, mas fazemos o contrário: mostramos incompreensão, transmitimos a mensagem: tu és ridículo/a, só te preocupas com bagatelas. Isto envergonha-nos, o que diminui a auto-estima. E a auto-estima é a base onde assenta a nossa felicidade.
O relativizar pode mesmo tornar-se numa prática perigosa, ao contribuir para o ignorar de problemas sérios, como expressou Fernanda Matias, num comentário a um post sobre essa grande e grave doença que é a depressão, publicado por Laurinda Alves no seu blogue: Quem está à volta tantas vezes relativiza : é do inverno, é do trabalho... Importante mesmo é estar atento e não subvalorizar os sinais ou consequências.
Por isso, pense duas vezes, antes de começar a relativizar. Seja consigo mesmo, ou com os outros, principalmente, com crianças.
--
Roubado daqui:
http://andancasmedievais.blogspot.com/2011/01/relativizar.html
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Esqueço do Quanto me Ensinaram
Esqueço do Quanto me Ensinaram
Deito-me ao comprido na erva.
E esqueço do quanto me ensinaram.
O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem mais frio,
...O que me disseram que havia nunca me alterou a forma de uma coisa.
O que me aprenderam a ver nunca tocou nos meus olhos.
O que me apontaram nunca estava ali: estava ali só o que ali estava.
--
Alberto Caeiro, in "Fragmentos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Deito-me ao comprido na erva.
E esqueço do quanto me ensinaram.
O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem mais frio,
...O que me disseram que havia nunca me alterou a forma de uma coisa.
O que me aprenderam a ver nunca tocou nos meus olhos.
O que me apontaram nunca estava ali: estava ali só o que ali estava.
--
Alberto Caeiro, in "Fragmentos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
sábado, 25 de dezembro de 2010
Konrad Lorenz, "A agressão, uma história natural do mal"
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
"A bela e o Paparazzo"
Citações #19
O que importa o que só a mim importa?
- Al-Mrhô, poeta Cordovês
--
Dá de comer a quem tem fome; de beber a quem tem sede; dá a conhecer a quem tem fome e sede de conhecer.
Assiste ao teu irmão, se o vires oprimido; quanto ao opressor, impede-o de fazer mal.
- Maomé
--
Cada escolha livre determina decisivamente a orientação das nossas escolhas futuras e isso não é argumento contra a liberdade mas sim motivo para tomá-la a sério e ser responsável.
- Fernando Savater
--
Pedras no meu caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo.
- Fernando Pessoa
- Al-Mrhô, poeta Cordovês
--
Dá de comer a quem tem fome; de beber a quem tem sede; dá a conhecer a quem tem fome e sede de conhecer.
Assiste ao teu irmão, se o vires oprimido; quanto ao opressor, impede-o de fazer mal.
- Maomé
--
Cada escolha livre determina decisivamente a orientação das nossas escolhas futuras e isso não é argumento contra a liberdade mas sim motivo para tomá-la a sério e ser responsável.
- Fernando Savater
--
Pedras no meu caminho? Guardo-as todas, um dia vou construir um castelo.
- Fernando Pessoa
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Herbert Le Porrier, "O médico de Córdova"

--
“O médico de Córdova”
Herbert Le Porrier
Editorial Bizâncio
O mundo está suspenso da respiração das crianças que vão à escola.
p.29
Mesmo uma voz do céu não prevalece sobre aquilo que existe!
p.32
- Talmude
--
Sem dúvida os imbecis passam por ser bem-aventurados. Mas a ignorância só pode ignorar o mal e não combatê-lo.
p. 45
Desconhecendo até onde a situação o leva, o homem cauteloso toma as suas precauções.
p.55
Há aquilo em que creio. Há aquilo em que penso. Há aquilo que faço. Há aquilo que sofro. Todavia tenho uma só postura para fazer face à diversidade que inexoravelmente me retalha.
p.64
Nada mais fácil do que prever o futuro. Basta anunciar calamidades e catástrofes que elas incubam como o fogo dentro da terra e nunca andam muito longe.
p.73
Estou entre duas portas. Saí do medo e ainda não entrei no amor.
p.81
Aqueles que te ensinaram que o espírito puro está entre nós, troçaram do teu. Ou tu dominas o mal, ou é ele que te domina, este é o segredo da vida.
p.86
Os homens só são verdadeiramente indulgentes consigo próprios.
p.108
A cozedura das ideias requer mais subtileza do que a do pão; não está em causa saciar, mas, pelo contrário, provocar a fome.
p.163
Que insensatez procurar um lugar tranquilo para viver, num mundo em que a tranquilidade não existe.
p.175
O pensamento é como a terra, se não a trabalhamos, seca; se não a semeamos, esteriliza.
p.176
Faz parte da condição do homem formar palavras na garganta; a maioria expele ruído, alguns libertam a palavra.
p.187
Se há verdade na poesia, não há menos poesia na verdade.
p.188
A medicina é a ciência da pesagem dos erros e a arte da escolha entre os riscos e os males.
p.218
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Edwina Hayes, "Feels Like Home"
Conheço dois álbuns dela: “Out on my own” e “Pour me a drink”
Mas esta canção é a minha favorita, não apenas por ser, de facto, linda, mas também pela forma como a fiquei a conhecer e pela pessoa que ma enviou.
E faz parte da banda sonora do filme: “My sister’s keeper”, do qual gostei muito :-D
Feels Like Home
Somethin' in your eyes, makes me wanna lose myself
Makes me wanna lose myself, in your arms
There's somethin' in your voice, makes my heart beat fast
Hope this feeling lasts, the rest of my life
If you knew how lonely my life has been
And how long I've been so alone
And if you knew how I wanted someone to come along
And change my life the way you've done
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I come from
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I belong
A window breaks, down a long, dark street
And a siren wails in the night
But I'm alright, 'cause I have you here with me
And I can almost see, through the dark there is light
Well, if you knew how much this moment means to me
And how long I've waited for your touch
And if you knew how happy you are making me
I never thought that I'd love anyone so much
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way the back where I come from
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I belong
It feels like I'm all the way back where I belong
Mas esta canção é a minha favorita, não apenas por ser, de facto, linda, mas também pela forma como a fiquei a conhecer e pela pessoa que ma enviou.
E faz parte da banda sonora do filme: “My sister’s keeper”, do qual gostei muito :-D
Feels Like Home
Somethin' in your eyes, makes me wanna lose myself
Makes me wanna lose myself, in your arms
There's somethin' in your voice, makes my heart beat fast
Hope this feeling lasts, the rest of my life
If you knew how lonely my life has been
And how long I've been so alone
And if you knew how I wanted someone to come along
And change my life the way you've done
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I come from
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I belong
A window breaks, down a long, dark street
And a siren wails in the night
But I'm alright, 'cause I have you here with me
And I can almost see, through the dark there is light
Well, if you knew how much this moment means to me
And how long I've waited for your touch
And if you knew how happy you are making me
I never thought that I'd love anyone so much
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way the back where I come from
It feels like home to me, it feels like home to me
It feels like I'm all the way back where I belong
It feels like I'm all the way back where I belong
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Citações #18
"A idéia de ter sexo é errada, é o sexo que nos tem a nós."
- Robert Rowland Smith, do livro: Pequeno almoço com Sócrates
--
"Aprender á a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se aprende."
- Leonardo Da Vinci
--
"A consciência é um fenómeno fascinante mas esquivo; é impossível de especificar o que é, o que faz ou porque evoluiu. Nunca se escreveu nada sobre ela que merecesse ser lido."
"O amor é uma forma de doença mental ainda não reconhecida por qualquer manual de diagnóstico padrão."
- Stuart Sutherland, psicólogo inglês, autor do 'Dicionário de Psicologia' e famoso pelos seus comentários depreciativos e arrasadores sobre vários temas e colegas.
--
"O optimista diz que vivemos no melhor de todos os mundos possíveis.
O pessimista teme que isso seja verdade."
- James Branch Cabell (1879-1958)
--
"A estatística é como um biquini. O que mostra é sugestivo, mas o que esconde é essencial!"
- Aaron Levenstein
- Robert Rowland Smith, do livro: Pequeno almoço com Sócrates
--
"Aprender á a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se aprende."
- Leonardo Da Vinci
--
"A consciência é um fenómeno fascinante mas esquivo; é impossível de especificar o que é, o que faz ou porque evoluiu. Nunca se escreveu nada sobre ela que merecesse ser lido."
"O amor é uma forma de doença mental ainda não reconhecida por qualquer manual de diagnóstico padrão."
- Stuart Sutherland, psicólogo inglês, autor do 'Dicionário de Psicologia' e famoso pelos seus comentários depreciativos e arrasadores sobre vários temas e colegas.
--
"O optimista diz que vivemos no melhor de todos os mundos possíveis.
O pessimista teme que isso seja verdade."
- James Branch Cabell (1879-1958)
--
"A estatística é como um biquini. O que mostra é sugestivo, mas o que esconde é essencial!"
- Aaron Levenstein
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
“Mãmã, quando morremos é para toda a vida?”
sábado, 4 de dezembro de 2010
The Jesus and Mary Chain feat. Hope Sandoval, "Sometimes Always"
The Jesus and Mary Chain, uma banda que já não ouvia há mais de 20 anos e Hope Sandoval (Mazzy Star), que me foi "apresentada há cerca de um ano!
Um boa combinação :-D
Um boa combinação :-D
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O melhor pai :-D
Um dia destes a minha filha disse-me que sou o melhor pai que ela já teve!
:-D
A miúda de vez em quando tem umas saídas engraçadas :-D
É para compensar os: não gosto de ti, és mau, vai-te embora, deixa-me...
LOL
:-D
A miúda de vez em quando tem umas saídas engraçadas :-D
É para compensar os: não gosto de ti, és mau, vai-te embora, deixa-me...
LOL
domingo, 28 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Citações #17
"Seja você mesmo, todos os outros já estão ocupados."
- Óscar Wilde
--
"Inteligência: capacidade de se ter um objectivo, mas várias soluções para o atingir."
- William James
--
"Jamais corte o que pode ser desatado."
- Joseph Joubert
--
"Numa sociedade civilizada, as pessoas devem usufruir da liberdade de se ofender incivilizadamente."
- Alberto Gonçalves´
- Óscar Wilde
--
"Inteligência: capacidade de se ter um objectivo, mas várias soluções para o atingir."
- William James
--
"Jamais corte o que pode ser desatado."
- Joseph Joubert
--
"Numa sociedade civilizada, as pessoas devem usufruir da liberdade de se ofender incivilizadamente."
- Alberto Gonçalves´
terça-feira, 23 de novembro de 2010
YES, "90125"

Dizem que o gosto musical se pode adquirir e cultivar.
Este foi o meu primeiro exemplo prático de que era de facto possível :-D
Um amigo emprestou-me este álbum, que era muito bem considerado entre a malta com quem me dava na altura.
Achei que ia gostar e fiquei desapontado por ter ouvido e não ter gostado :-(
Mas não desisti e meti na cabeça que iria gostar.
Ouvi-o várias vezes (3, 4?) até que um dia coloquei-o a tocar e , maravilha, gostava da porra do álbum :-D
Até hoje!
Continuo a gostar ;-)
Bem, dizem a mesma coisa acerca da Ópera, embora nunca me tenha dado para aí :-D
Este foi o meu primeiro exemplo prático de que era de facto possível :-D
Um amigo emprestou-me este álbum, que era muito bem considerado entre a malta com quem me dava na altura.
Achei que ia gostar e fiquei desapontado por ter ouvido e não ter gostado :-(
Mas não desisti e meti na cabeça que iria gostar.
Ouvi-o várias vezes (3, 4?) até que um dia coloquei-o a tocar e , maravilha, gostava da porra do álbum :-D
Até hoje!
Continuo a gostar ;-)
Bem, dizem a mesma coisa acerca da Ópera, embora nunca me tenha dado para aí :-D
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Antoine de Saint-Exupéry, "Vol de nuit"
domingo, 21 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Murphy (leis de) e o caso do pneu vazio
Hoje, quando cheguei ao carro, deparei-me com um pneu em baixo.
Vai daí, obviamente, começa-se a operação de tirar o pneu extra para estas ocasiões.
Há anos que tenho a carripana e nunca, felizmente, foi necessário usar o dito cujo.
Por isso, não foi um espanto quando esse pneu também estava vazio.
Por sorte, o meu vizinho do R/C dtº estava junto ao carro dele e com tempo e paciência extra.
Levámos o pneu à bomba de gasolina de um Elefante Azul. Não tinha bomba de ar!
Levámos o pneu à bomba de gasolina da Galp mais próxima. Bomba de ar avariada!
Levámos o pneu à bomba de gasolina de outra Galp. Não foi possível encher aquele pneu, vá-se lá saber porquê. A bomba parecia bem, uma vez que encheu o pneu do vizinho!
Voltámos a casa e lembrámo-nos do mecânico do bairro. Certamente tinha compressor de ar. E tinha mesmo!
Enchemos o pneu e lá fui eu mudar o bicho.
A chave que tenho, não vale a ponta de um corno. Os parafusos nem se mexeram!
Valeu a chave de cruzeta do vizinho.
Pneu fora, pneu dentro. Certo? Errado! Isto porque, o pneu que me deveria desenrascar nestas situações não tinha uma jante própria para o meu Renault. E eu pergunto, o que é que aquela porcaria estava ali a fazer, tendo em conta que comprei o carro em 2ª mão e nunca utilizei o pneu! Terei levado banhada?
Volto ao mecânico e pergunto por pneu com jante compatível!
Tinha! Mas estava vazio. Toca a encher!
Finalmente, aí estava eu pronto para ir reparar o pneu original!
Agora só faltava que a única coisa que faltava correr mal na história do pneu, corresse. Que era eu ter um furo a caminho de reparar o problema.
Não aconteceu!
E agora perguntam os meus milhares de leitores em coro:
O que é que as leis de Murphy têm a ver com essa história da treta?
Rspoondo eu:
Simples!
1ª Lei de Murphy: Se alguma coisa puder correr mal, correrá.
2ª Lei de Murphy: De entre as coisas que podem correr mal, a que causar mais danos, será a que ocorrerá primeiro.
Pois bem, NÃO FOI ASSIM!
Enganei o gajo (mais ou menos)
:-D
Vai daí, obviamente, começa-se a operação de tirar o pneu extra para estas ocasiões.
Há anos que tenho a carripana e nunca, felizmente, foi necessário usar o dito cujo.
Por isso, não foi um espanto quando esse pneu também estava vazio.
Por sorte, o meu vizinho do R/C dtº estava junto ao carro dele e com tempo e paciência extra.
Levámos o pneu à bomba de gasolina de um Elefante Azul. Não tinha bomba de ar!
Levámos o pneu à bomba de gasolina da Galp mais próxima. Bomba de ar avariada!
Levámos o pneu à bomba de gasolina de outra Galp. Não foi possível encher aquele pneu, vá-se lá saber porquê. A bomba parecia bem, uma vez que encheu o pneu do vizinho!
Voltámos a casa e lembrámo-nos do mecânico do bairro. Certamente tinha compressor de ar. E tinha mesmo!
Enchemos o pneu e lá fui eu mudar o bicho.
A chave que tenho, não vale a ponta de um corno. Os parafusos nem se mexeram!
Valeu a chave de cruzeta do vizinho.
Pneu fora, pneu dentro. Certo? Errado! Isto porque, o pneu que me deveria desenrascar nestas situações não tinha uma jante própria para o meu Renault. E eu pergunto, o que é que aquela porcaria estava ali a fazer, tendo em conta que comprei o carro em 2ª mão e nunca utilizei o pneu! Terei levado banhada?
Volto ao mecânico e pergunto por pneu com jante compatível!
Tinha! Mas estava vazio. Toca a encher!
Finalmente, aí estava eu pronto para ir reparar o pneu original!
Agora só faltava que a única coisa que faltava correr mal na história do pneu, corresse. Que era eu ter um furo a caminho de reparar o problema.
Não aconteceu!
E agora perguntam os meus milhares de leitores em coro:
O que é que as leis de Murphy têm a ver com essa história da treta?
Rspoondo eu:
Simples!
1ª Lei de Murphy: Se alguma coisa puder correr mal, correrá.
2ª Lei de Murphy: De entre as coisas que podem correr mal, a que causar mais danos, será a que ocorrerá primeiro.
Pois bem, NÃO FOI ASSIM!
Enganei o gajo (mais ou menos)
:-D
domingo, 14 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)