terça-feira, 29 de novembro de 2011

O que é um verdadeiro amigo?


Será alguém que não finge ser nosso amigo?
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Existirá um conjunto de características que distingam os verdadeiros amigos dos que não o são?
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E se a pessoa não tiver alguma(s) dessas características, já não é "verdadeiro" amigo?
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Ou basta que a pessoa em questão seja honesta e queira o nosso bem e, já agora, nos ajude da forma que puder (mesmo que de vez em quando meta as patas)?
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Por exemplo, uma amiga disse-me que um verdadeiro amigo saberá sempre ler-nos na alma se estivermos tristes mas a fingir que não estamos.
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A minha perplexidade, naturalmente, passa pela dúvida que a "verdadeira" amizade crie no amigo a sensibilidade e a percepção para ultrapassar as máscaras que todos nós usamos e que alguns de nós usam tão bem.
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Neste caso específico:
Um verdadeiro amigo, veria além dessa máscara e perceberia a nossa tristeza e depois disponibilizar-se-ia para nos ajudar. (mas se percebesse e não quisesse ajudar, ainda assim seria verdadeiro amigo?)
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Por outro lado, uma pessoa que não percebendo a nossa tristeza, mas que depois de nós a declararmos, fizesse o que estava ao seu alcance para nos ajudar, não seria um verdadeiro amigo?
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Ou para ser "verdadeiro", há que juntar ambas as características?
E justifica-se um tal rigor na classificação de "verdadeiro" amigo?
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E por curiosidade, no segundo caso, o que chamaríamos a essa pessoa que nos ajuda?
Simplesmente amigo?
E será possível existirem (simples) amigos e verdadeiros amigos?
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Não cessa de me espantar esse desejo que tanta gente tem e tenta colocar em prática de serem "adivinhados". De esperarem da outra pessoa a capacidade de saberem o que se passa com elas quando elas não o dizem e quando, muitas vezes, nem a própria o sabe.
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Eu também gostaria de ser adivinho e de ser adivinhado.
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Mas, se por vezes sou um ou outro, tenho a noção de que tanto mal entendido, tanta confusão e dor resulta deste desejo...