terça-feira, 30 de março de 2010

Citação #10

"Quando nascemos, logo gritamos que chegamos a este grande palco de bobos."
- Shakespeare, Rei Lear

"Se voce é capaz de sorrir quando tudo esta fodido, é porque ja descobriu em quem por a culpa"
- Anónimo

"Porque escovar os dentes 4 vezes ao dia e fazer sexo 2 vezes por semana? Porque nao ao contrario?"
- Woody Allen

"Deus inventou o sexo. Nos inventamos o amor. Ele tinha razao."
- Vergilio Ferreira

"os fracos impoem as suas verdades. Os fortes submetem-nas ao debate."
- Augusto Cury, "o codigo da inteligencia"

"Para se ser original, basta imitar os autores que ja nao estao na moda."
- Jules Renard, escritor francês

"A unica e autentica patria do homem é a sua infancia."
- Rainer Maria Rilke

sábado, 20 de março de 2010

Pen perdida, Pen achada

Hoje fui à Worten trocar uma pen que não funcionava.
Depois, uma pasagem rápida pelo Continente para umas compritas.

Quando cheguei a casa, apercebi-me que tinha deixado ficar a pen (num pequeno saco worten com a factura) dentro do carrinho das compras.

Fiquei danado, mas voltei ao local do "crime", com pouca esperança de recuperar a dita cuja Pen.

Nas caixa onde paguei, aquelas que somos nós que fazemos o trabalho, não estava.

Fui ao balcão de informações.
ESTAVA LÁ!

Alguém a tinha achado e entregue no bazar.

Não sei quem foi, mas obrigado na mesma :-D

domingo, 14 de março de 2010

Manuel António Pina, "Poesia Reunida"




ASSÍRIO & ALVIM

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OUTRAS COISAS

(…)
De súbito faltas-me debaixo dos pés
E noutros lugares De ti é possível dizer
Que te ausentaste para parte incerta
Deixando tudo no teu lugar.
(…)

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DESTA MANEIRA FALOU ULISSES

Falo por ti, e por ti me calo.
De modo que fica tudo entre nós.

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LITERATURA

Literatura incrível esta
Que a si própria se escreve
Descobri o movimento perpétuo
Mas não saí (ó palavras) do mesmo sítio
(…)

Bocage, "Antologia Poética"




Editora Ulisseia

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DESENGANADO DO AMOR E DA FORTUNA
Fiei-me nos sorrisos da ventura
Em mimos feminis, como fui louco!
Vi raiar o prazer; porém tão pouco
Momentâneo relâmpago não dura:

(…)

Ah! Não me roubou tudo a negra sorte:
Inda tenho este abrigo, inda me resta
O pranto, a queixa, a solidão e a morte.

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A RAZÃO DOMINADA PELA FORMUSURA

Importuna Razão, não me persigas;
Cesse a ríspida voz que em vão murmura;
Se a lei de Amor, se a força da ternura
Nem domas, nem contrastas, nem mitigas:

Se acusas os mortais, e os não abrigas,
Se (conhecendo o mal) não dás a cura,
Deixa-me apreciar minha loucura,
Importuna Razão, não me persigas.

(…)

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XLIII
O RETRATO DE DEUS, DESFIGURADO
POR MINISTROS EMBUSTEIROS

(…)
Eis o Deus, que consola a humanidade,
Eis o Deus da razão, O Deus de Elmano;

Um déspota de enorme fortaleza,
Pronto sempre o rigor para a ternura,
Raio sempre na mão para a fraqueza:

(…)

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EPIGRAMA

IV

Um chapado, um retumbante
Corifeu de medicina
Certa menina adorava,
ER adoeceu-lhe a menina.

Eis para curá-la o chamam,
Pela alta fama que tem;
Geme o doutor, e responde:
«Não vou, que lhe quero bem.»

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VI

Lavrou o chibante receita
Um doutor com todo o esmero;
Era para certa moça
Que ficou sã como um pêro.

«Tão cedo! É milagre!» (assenta
A mãe, que de gosto chora).
«Minha mãe, não é milagre,
Deitei o remédio fora.»

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LVI

Epitáfio

Aqui jaz um homem rico
Nesta rica sepultura:
Escapava da moléstia,
Se não morresse da cura.

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CVI

A morte foi sensual
Quando ainda era menina:
Co pecado original
Teve cópula carnal,
E pariu a medicina.

Bertrand Russel, "Realidade e Ficção"

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Editora Europa-América

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Os governos, geralmente, partem do princípio de que possuem o monopólio da sabedoria e da virtude e que todos aqueles que se lhe opõem ou são parvos, ou malvados, ou ambas as coisas.
p.69/70

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A liberdade sem tolerância não pode existir.
p.74

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Por mais convencido que um indivíduo esteja da justeza das suas opiniões é sempre possível que estas estejam erradas.
p.74/5

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Parece fazer parte da natureza do animal humano acreditar não só em coisas para as quais não existem provas, mas também em muitas outras coisas para as quais não existe a menor prova. E é precisamente naquelas coisas para as quais não há provas que geralmente se crê com paixão.
p.77

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As pessoas acostumam-se de tal maneira a certezas onde deveriam sentir dúvidas que acabam por se tornar incapazes de agir sobre probabilidades.
p.78