terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Herbert Le Porrier, "O médico de Córdova"


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“O médico de Córdova”
Herbert Le Porrier
Editorial Bizâncio


O mundo está suspenso da respiração das crianças que vão à escola.
p.29

Mesmo uma voz do céu não prevalece sobre aquilo que existe!
p.32
- Talmude


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Sem dúvida os imbecis passam por ser bem-aventurados. Mas a ignorância só pode ignorar o mal e não combatê-lo.
p. 45

Desconhecendo até onde a situação o leva, o homem cauteloso toma as suas precauções.
p.55

Há aquilo em que creio. Há aquilo em que penso. Há aquilo que faço. Há aquilo que sofro. Todavia tenho uma só postura para fazer face à diversidade que inexoravelmente me retalha.
p.64


Nada mais fácil do que prever o futuro. Basta anunciar calamidades e catástrofes que elas incubam como o fogo dentro da terra e nunca andam muito longe.
p.73

Estou entre duas portas. Saí do medo e ainda não entrei no amor.
p.81

Aqueles que te ensinaram que o espírito puro está entre nós, troçaram do teu. Ou tu dominas o mal, ou é ele que te domina, este é o segredo da vida.
p.86


Os homens só são verdadeiramente indulgentes consigo próprios.
p.108

A cozedura das ideias requer mais subtileza do que a do pão; não está em causa saciar, mas, pelo contrário, provocar a fome.
p.163

Que insensatez procurar um lugar tranquilo para viver, num mundo em que a tranquilidade não existe.
p.175

O pensamento é como a terra, se não a trabalhamos, seca; se não a semeamos, esteriliza.
p.176

Faz parte da condição do homem formar palavras na garganta; a maioria expele ruído, alguns libertam a palavra.
p.187

Se há verdade na poesia, não há menos poesia na verdade.
p.188


A medicina é a ciência da pesagem dos erros e a arte da escolha entre os riscos e os males.
p.218

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