domingo, 20 de dezembro de 2009

OSHO, "Tantra, a compreensão suprema"


OSHO
Editora Pergaminho
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Mesmo na vida comum, você sente a futilidade das palavras. E se não sente a futilidade das palavras, isso mostra que você tem vivido muito superficialmente.
p.9


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Só aquilo que lhe acontece a si é real. Só aquilo que cresce em si é que é verdadeiro e vivo. Lembre-se sempre disso: evite o conhecimento emprestado.
p.17


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A consciência precisa de liberdade.
p.29


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Lembre-se desta valorização. Na moral, há algo bom e algo mau. Ao ser natural, há algo sábio e algo estúpido. Um homem que seja natural é sábio, não é bom. Um homem que não seja natural é estúpido, não é mau. Não há nada de bom nem nada mau, apenas coisas sábias e coisas parvas. E se você for parvo, prejudica-se a si mesmo e aos outros e, se for sábio, não prejudica ninguém – nem os outros, nem a si. Não existe nada como o pecado nem existe nada como a virtude – a sabedoria é tudo.
p.30


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A acção vem de uma mente silenciosa – é a coisa mais bela do mundo.
A actividade vem de uma mente agitada – é a mais feia.

A acção é quando há relevância.
A actividade é irrelevante.

A acção é momento a momento, espontânea.
A actividade está carregada com o passado. Não é uma resposta ao momento presente, pelo contrário, está a escoar a agitação que você trouxe do passado para o presente.

A acção é criativa.
A actividade é muito destrutiva.

Você tem fome, portanto come – isto é acção.
Se não tiver fome nenhuma e no entanto continuar a comer – isto é atividade.

p.82

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Há tolos por todo o mundo que continuam a dizer que «fazer qualquer coisa é melhor que nada». E há perfeitos palermas que criaram um provérbio por todo o mundo que diz «uma mente vazia é a oficina do demónio». Não é. Uma mente vazia é a oficina de Deus. Uma mente vazia é a coisa mais bela do mundo.
p.84

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Porquê «ter de»? O relaxamento só vem quando não há nenhum «ter de» na sua vida. O relaxamento não é só do corpo, não é só da mente, é do seu ser total.
p.92

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O relaxamento é um estado. Não o pode forçar. Você simplesmente abandona as negatividades, os obstáculos e ele vem, revela-se por si mesmo.
p.93

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A libertação não pode ser desejada, porque o desejo é a prisão. Quando você não tem desejos, então está livre. O estado de buda não pode ser desejado, porque desejar é o obstáculo.
p.102

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...tu mesmo não pareces estar feliz e estás numa missão que tem o objectivo de fazer toda a gente feliz. Como é que podes partilhar o que não tens?
- Buda
p.123

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Na ignorância, o pecado é natural.
Na iluminação a virtude é natural.
p.139

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Os professores são aqueles que lhe ensinam a verdade. Um mestre é aquele que lhe dá o gosto dela.
p.158

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Pode-se cultivar um mau hábito e pode-se cultivar um bom hábito. Alguém pode cultivar o hábito de fumar e alguém pode cultivar o de não fumar; alguém pode cultivar o estilo de comida não vegetariana e alguém pode cultivar o estilo vegetariano – mas ambos são cultivados e em última análise ambos são o mesmo porque ambos existem pelo hábito.
p. 168
Po isso, se compreende o Tantra, o hábito é mau; não há maus hábitos nenhuns, não há bons hábitos nenhuns – o hábito é mau.
E a pessoa deve estar desperta para que não haja hábitos. Deve viver momento a momento com plena consciência, não com hábitos.
p.169

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Não há nada a ser praticado porque a prática cria hábitos. A pessoa tem de se tornar mais ciente, não mais treinada. A beleza acontece através do espontâneo, não através do praticado.
p.184
A prática mata a vida. A vida é mais viva quando não é praticada. Quando ela flui em todas as direcções sem nenhum padrão, sem nenhuma disciplina forçada, então tem a sua própria ordem e disciplina.
p.186

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