Sophia de Mello Breyner Andresen
Editora Salamandra
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Guerra ou Lisboa 72
Partiu vivo jovem e forte
Voltou bem grave e calado
Com morte no passaporte
Sua morte nos jornais
Surgiu em letra pequena
É preciso que o país
Tenha a consciência serena
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p. 14
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Museu
Aqui - como convém aos mortais -
Tudo é divino
E a pintura embriaga mais
Que o próprio vinho
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p. 52
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Por delicadeza
(...)
Minha vida atada
Nunca a desatei
Como Rimbaud disse
Também eu direi:
«Juventude ociosa
Por tudo iludida
Popr delicadeza
Perdi a minha vida»
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p. 69
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