domingo, 27 de janeiro de 2008

O nome das coisas

"O nome das coisas"
Sophia de Mello Breyner Andresen
Editora Salamandra

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Guerra ou Lisboa 72

Partiu vivo jovem e forte
Voltou bem grave e calado
Com morte no passaporte

Sua morte nos jornais
Surgiu em letra pequena
É preciso que o país
Tenha a consciência serena

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p. 14

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Museu

Aqui - como convém aos mortais -
Tudo é divino
E a pintura embriaga mais
Que o próprio vinho

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p. 52

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Por delicadeza

(...)

Minha vida atada
Nunca a desatei
Como Rimbaud disse
Também eu direi:

«Juventude ociosa
Por tudo iludida
Popr delicadeza
Perdi a minha vida»

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p. 69

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